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O que é?

A DT é uma condição que se manifesta através de movimentos involuntários e repetitivos. Esse transtorno é causado pelo uso à longo prazo de medicamentos antipsicóticos utilizados no tratamento de doenças psiquiátricas, como esquizofrenia e transtorno afetivo bipolar (TAB).10,11,13

A DT pode se manifestar 3 meses após o início da terapia com antipsicóticos, entretanto, é comum que a condição só comece após 1 ou 2 anos. Esses medicamentos podem ser indispensáveis para alguns pacientes, mas mesmo quando é possível a retirada ou a redução da dose utilizada, a condição é irreversível na maioria dos casos.

• Todas as pessoas que fazem uso de antipsicóticos estão sob risco para o desenvolvimento de DT.5,6

• A primeira geração de antipsicóticos é a causa mais comum de transtornos do movimento induzidos por medicamentos e trazem maior risco de desenvolvimento de DT.2

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Principais
medicamentos
associados

Principais causadores

Antipsicóticos da primeira geração: Haloperidol, Clorpromazina, Flufenazina e Pimozida.

Antipsicóticos atípicos: Risperidona, Olanzapina, Clozapina, Quetiapina, Aripiprazol e Ziprasidona.

Causadores secundários

Antieméticos: Proclorperazina e prometazina.
Antidepressivos: Amoxapina
Bloqueadores de canal de cálcio: flunarizina e cinarizina
Antidepressivos: ISRSN (citalopram) e IRSN (duloxetina)
Estabilizante de humor: Lítio
Estimulantes gástricos: Metoclopramida

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Sintomas
e impacto

Os movimentos involuntários da DT afetam, predominantemente, a região oro-buco-lingual (língua, lábios e mandíbula). Em alguns casos, podem atingir, também, os músculos respiratórios na região do tronco e as extremidades do corpo (como os dedos dos pés e das mãos).10,14

Os sintomas e estigmas sociais em relação aos movimentos involuntários da DT impactam significativamente a vida dos pacientes, afetando a capacidade de trabalhar, falar, engolir, exercer tarefas de autocuidado, como vestir-se e banhar-se, além de promover consequências à doença psiquiátrica de base.

Doença psiquiátrica – funcionalidade - psicossocial - físico.

Movimentos involuntários em pacientes com DT

• Movimentos na língua (torção e protrusão), lábios (estalo dos lábios e franzimento) e mandíbula (mastigação).

• Movimentos involuntários dos músculos diafragma e respiratórios levam a espiração ruidosa, hiperventilação, emissão de grunhidos e gemidos, torção do tronco, movimentos de balanço e impulsão da pelve e torção do pescoço.

• Movimentos como pinçar, flexão e extensão dos membros, bater os pés ou dedos dos pés e movimentos como “tocar piano”.

Os movimentos voluntários tendem a suprimir as ações involuntárias da DT, por isso os sintomas oro-buco-linguais (língua, lábios e mandíbula) da doença podem, ou não, afetar a fala e/ou outras ações voluntárias.10

Entretanto, as manifestações da DT que afetam os músculos respiratórios na região do tronco podem levar aos outros sintomas já citados (respiração ruidosa, hiperventilação, emissão de grunhidos e gemidos).10

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Fatores de risco

• Pessoas mais velhas
• Mulheres
• Pessoas não-caucasianas
• Pacientes com histórico de longa exposição aos antipsicóticos
• Histórico de lesão cerebral
• Presença de transtorno afetivo maior
• Tabagismo e uso de álcool
• Tratamento antidopaminérgico (substâncias bloqueadoras de dopamina)
• Uso concomitante de antipsicóticos e anticolinérgicos (substâncias inibidoras de acetilcolina)
• Diabetes

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Diagnóstico

Diagnóstico e tratamento diferencial da DT.

O diagnóstico da DT é baseado, principalmente, no histórico de exposição à terapia antipsicótica dos pacientes, além de levar em consideração características a apresentação clínica e falta de causa alternativa conhecida dos movimentos involuntários anormais.13,14

O diagnóstico da DT abrange, ainda, a avaliação de contrações involuntárias ou coreiformes (movimentos involuntários que se assemelham à coreia), causados por medicamentos antipsicóticos que persistem além de 4 a 8 semanas após a descontinuação da terapia.15

• Movimentos involuntários;

• Exposição acumulada aos agentes antipsicóticos por mais de 3 meses;

• Ausência de outras condições associadas com movimentos involuntários.

Diagnóstico diferencial

Outras doenças causadoras de movimentos involuntários anormais podem se assemelhar aos que são observados nos pacientes com DT, como:

Doenças neurodegenerativas: doença de Huntington, doença de Wilson, síndromes parkinsonianas, síndrome de Fahr, neuroacantocitose.

Doenças inflamatórias ou infecciosas: coreia reumática, condição (pós)encefalite (infecciosa ou autoimune), cerebrite lúpica, esclerose múltipla.

Transtornos do movimento induzidos por drogas ou toxina: Envenenamento associado ao manganês, CO, CS2, mercúrio ou bismuto; sintomas extrapiramidais agudos, síndromes emergentes da retirada de antagonistas de receptor de dopamina; outras possíveis causas dos transtornos de movimento incluem fenitoína, estrógenos, levodopa, agonistas da dopamina, antidepressivos, anti-histamínicos, estimulantes e anticonvulsionantes.

Transtornos metabólicos, psiquiátricos ou estruturais do cérebro11: Hipertireoidismo, hipoparatireoidismo, coreia gravídica, discinesias espontâneas secundárias à esquizofrenia e catatonia, transtorno de conversão, transtorno obsessivo-compulsivo, infarto ou hemorragia cerebral, neoplasia, lesões nos núcleos da base (pós-anóxia ou trauma) e transtornos convulsivos (parcial ou não convulsivo).

Por isso, o diagnóstico diferencial através estudos laboratoriais e de neuroimagem, além de exames genéticos, podem ser necessários para descartar outras possíveis causas dos movimentos involuntários e garantir o tratamento adequado.11,13

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